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Hospital
Psiquiátrico, 2019
Haviam
se passado duas semanas depois do insidente na sala da Dra Suzana. Fiquei no
meu quarto praticamente esse tempo todo. Conversar com aquele cara me fez
lembrar de todo meu passado, então aproveitei o tempo extra para recordar bons
momentos com cada amigo que tive, cada namorado, claro que só me lembrava do
Jessé, mas me lembrei de cada primo doido da minha família enorme, meus tios e
tias, meus avós, tanta gente que eu ama com todas as minhas forças. Fiquei
imaginando como eles estavam depois de tanto tempo sem se ver. A última vez que
vi todos reunidos foi no natal de 2015, iria se fazer quatro anos.
Decidi pedir um lápis e uma ceneta para mamãe. Depois de uma brande briga com a diretoria ela me conseguiu um caderno e uma caneta no fim da tarde do dia seguinte ao pedido. Iniciei escrevendo a minha história onde nasci, como cresci, com quem cresci, onde estudei, meus amigos da escola, trabalho, minhas musicas e bandas favoritas. Não sabia quem iria querer ler tudo aquilo. Me diverti ao escrever momentos hilários da minha vida. Até chegar ao memento horrível, que mudou minha história de maneira absurda. Parei de escrever e comecei a chorar, solusava, tremia. A visão ficou estranha, foi quando alguém entro pela porta, me segurei ao máximo, limpei os olhos e respirei fundo várias vezes. Quem entrou ali não foi um médico nem uma enfermeira, nem minha mãe, nem a Dra Suzana, pois todos estes que citei, teria tentado me acalmar ou coisa do tipo, mas essa pessoa ficou ali parado do lado dentro do quarto na frente da porta.
Olhei
e não acreditei no que vi. Fiquei paralizada ao ver aquele rosto, meus olhos
não acreditavam no que viam. Tive vontade de chorar ainda mais, correr e
abraçá-lo, mas também senti raiva, medo e continuei o encarando com espanto.
- Não
acredito que você está aqui! – Ele disse finalmente. Sua voz era a mesma, mas
sua aparência com certeza estava diferente, estava com o cabelo raspado,parecia
mais fraco, estava mais pálido e me
olhava do mesmo jeito que eu, espantado.
Antes que pudesse dizer qualquer palava uma enfermeira entrou pela porta e começou a gritar e fez o maior escândalo, apareceram homens fortes e o levaram para fora, ele lutou contra aqueles guardas mas o levaram mesmo assim. Ainda assim não consegui acreditar no que tinha visto. Ainda assim estava espantada, pensei que pudesse ser alucinações, efeito dos remédios que me deram. Inacreditável.
Depois de alguns minutos me acalmei e notei que nada daquilo tinha sido ilusório. Ele estava naquele hospital em algum lugar. Ele estava mais perto do que nunca. Era real, tudo que vi foi verdadeiro. Jessé estava aqui.
Parte 15 aqui
