Lembra daquela vez em que falei sobre ônibus? Lembra também que eu falei que iria explicar o porque de ter feito aquele texto? Então, resolvi explicar agora.
Pra começar, eu estava indo pro cursinho. Entrei no terminalzinho de boa, e depois no ônibus pela parte da frente, a hora que eu entrei eu pensei, "Vich nem sei que ônibus é esse.. E agora?! Bom vou esperar qualquer coisa eu desço e já era né." Eu deveria ter entrado no expresso, mas acabei entrando no parador, depois que eu percebi, bem, não achei problema nenhum, afinal esse ônibus também vai pro terminal do centro, então ta de boa.
Peguei meu livro comecei a ler tranquilamente. Mas meu amigo, a hora que chegou no terminal e eu fui descer o cobrador virou pra mim e disse:
-E o seu moça?
-E o meu o que?
-A sua passagem moça?
-Você não viu que eu entrei no terminal? Já paguei passagem, não vou pagar de novo!
-Não. A senhora tem que pagar, se o fiscal ver..
Parei de ouvir por aí, nessa hora meu coração ja estava a mil. Não estou acostumada a ser interrogada assim.
Eu tentei explicar pro motorista que eu não tinha dinheiro pra pagar de novo (é claro que eu tinha né só não queria jogar fora assim), mas não adiantou nada ele ainda insistiu. Até que um cara apareceu na porta e me ofereceu o cartão dele. Na hora eu pensei "Mas de jeito nenhum que eu vou aceitar, esse cobrador inútil ta querendo me cobrar duas passagens sem sentido nenhum!" Eu estava muito nervosa pra raciocinar direito, peguei o cartão do moço, virei pro cobrador e disse:
-Na proxima vez o senhor me avisa então!
Dei as costas pra ele e ele ainda disse que ele não tem que avisar nada, eu é que deveria saber!
Mas que absurdo, que cara mais sacana! Ele agiu como se eu realmente estivesse errada (talvez eu estivesse mas mesmo assim). Como se o dinheiro da passagem fosse pro bolso dele, como se o fiscal fosse demiti-lo (não seria tão ruim assim). Eu fiquei tão nervosa que me arrependi de ter pagado a passagem com o cartão daquele moço, aquilo não era necessário! Fiquei tão nervosa que quase chorei de raiva. Depois de um tempo, finalmente consegui me acalmar.
Esse é o problema, na hora eu faço as coisas tudo errado, depois eu fico pensando e percebo que poderia ter feito um monte de coisas pra não passar por aquilo, poderia sair andando e ignorando o cara, poderia ter gritado com ele e insistido ao moço que não pegaria o cartão, poderia mandar o cobrador chamar o fiscal então pra ver o que ele falaria... Ai, ai poderia ter feito tanta coisa.
Muitos anos atras aconteceu outra coisa comigo no ônibus, vou aproveitar e contar tudo.
Dessa vez eu não estava sozinha, a minha irmã estava comigo. A gente estava indo a pé pra igreja e no meio do caminho a gente viu o ônibus, mas ela só tinha um passe (na época era passe ainda). Ela me disse que se me perguntarem alguma coisa era pra eu falar que estava sozinha.
O ônibus encostou e eu passei pela roleta de boa, sem pagar, aí o motorista parou tudo e perguntou se eu não ia pagar, eu falei que não porque não tinha idade ainda, ele me disse que nesse caso eu tinha que passar por baixo da roleta.
Eu estava sentada e a minha irmã parada na roleta.
O motorista virou pra mim e perguntou com quem eu estava, eu olhei para os cantos, pra minha irmã e disse que estava sozinha, depois do cara falar um monte de coisa, ele acabou deixando pra lá. Quando cheguei no terminal eu e a minha irmã saímos separadas até chegar na igreja, lá começamos a rir daquilo tudo, ela me disse que achou que eu iria entregá-la. Esse dia foi muito louco também!
Obrigada por lerem até aqui. A gente se vê depois! ^^
//Priscila Santana
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